quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

a chuva não pára de cair


«A chuva não pára de cair, as árvores despem-se lentamente. Quando chove, o velho mosteiro apresenta com maior evidência o desgaste acumulado por tantos séculos de existência. É quase uma e meia da tarde. Saio do café e enfrento o temporal. Entro no escritório e a melancolia conquista-me. Os montes que costumava ver através da janela do escritório desapareceram por trás do céu constantemente nublado, que parece esconder todo o universo. A decadência envolve a minha alma e desejo a escuridão». (...)


Miguel Montenegro, 2001

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