Ler é uma das minhas actividades preferidas. Tenho lido livros e acima de tudo tenho lido blogues e páginas na Internet. Nos últimos dois anos abandonei a leitura de jornais. Por um lado porque deixei de comprar o "Público" e por outro porque não tenho tempo para fazer visitas regulares a uma biblioteca. Durante alguns anos tinha o hábito de comprar o "Público" à sexta-feira, pois nesse dia o "Público" vinha acompanhado dos suplementos "Y" e "Inimigo Público" e durante algum tempo do suplemento de economia. Portanto, o "Publico" era a minha leitura de fim-de-semana. Deixei de o comprar porque os suplementos começaram a ser distribuídos em dias diferentes. Hoje voltei a comprar um jornal, neste caso o "i". E assim recordei o prazer que é ler um jornal: o virar das páginas, a textura do papel de jornal, o grafismo, o cheiro, as crónicas da actualidade e a possibilidade de fazer uma leitura anárquica e inconsequente. É a primeira vez que compro o "i" e, após o primeiro folhear, fiquei mais agradado com o conteúdo e menos com o grafismo. Essencialmente comprei o jornal porque hoje oferece "O Banqueiro Anarquista" de Fernando Pessoa. Porque actualmente as notícias não são suficientes para vender um jornal.
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